O verão do mediterrâneo continua sendo uma referência essencial no imaginário da Loewe. E apesar do contexto marcado pelos efeitos da pandemia ou pelas restrições que limitam o turismo ou as projeções de férias, a marca espanhola de luxo renovou seus laços com a ilha de Ibiza, protagonista das suas coleções-cápsula de verão durante várias estações.
“O verão na cidade estava na minha mente quando concebi a coleção: queria trazer o espírito descontraído da praia à vida quotidiana”, explicou o diretor criativo da marca propriedade do grupo de luxo francês LVMH, Jonathan Anderson, detalhando que em seus últimos desenhos procurou “a faísca das ensolaradas ilhas Baleares, transferida para peças de vestuário simples e acessórios fáceis de usar pela sua marcante habilidade artesanal”. Assim, a Loewe apresenta este estilo através de um “portfolio visual” que foi confiado à fotógrafa Gray Sorrenti – filha do lendário fotógrafo Mario Sorrenti e da artista Mary Frey – a qual se inspirou em cenas quentes confrontadas com a arquitetura colorida da Cidade do México.
Desta forma, com a nova coleção Loewe Paula’s Ibiza, o criador pretende transmitir a sua ideia de fuga, a sensação de “deixar-se ir”, sempre ligada a “este lugar único”. E o fez com uma cápsula muito mais completa do que em edições anteriores. Como relatado pela empresa, a Paula’s Ibiza evoluiu para se tornar uma “proposta completa para homens e mulheres”, pois “era tempo de expandir os seus horizontes”. A Loewe acrescentou novas formas à coleção, desde blazers macios desconstruídos para homens à vestidos e tops femininos, combinados com calças para mulheres. Uma série de peças com as quais a marca de luxo pretende dar respostas e usos múltiplos para além da temporada de verão.
A partir de gravuras inspiradas no mundo natural, que surgem do repertório criado pelos fundadores da Paula’s Ibiza, Armin Heinemann e Stuart Rudnick, a coleção-cápsula inclui uma reinterpretação psicodélica do logotipo da maisonde luxo. Croché como decoração ou acabamento em bainhas de calças e mangas de camisa, efeito de tintura em casacos, peças de cambraia ou geometrias texturizadas viajam através de peças de vestuário como túnicas, tops feitos à mão ou silhuetas soltas e assimétricas.
Sem esquecer a proposta de acessórios, que inclui os chapéus de pescador feitos com lona, os óculos tipo mergulhador ou uma série de sacos tecidos com fibras naturais, bem como o modelo emblemático de cestos “Anagram”, feitos com palma Iraca na Colômbia, por artesãs membros da Corporación Oficio & Arte-OF&ARTE. Além disso, a Loewe inclui na coleção o perfume unissex de ar tropical Paula’s Ibiza, que fez sua estreia no ano passado.
Fundada em 1846 por Enrique Loewe, a empresa de luxo pertence ao conglomerado francês LVMH e, desde 2016, é dirigida pelo antigo vice-presidente da Celine, Pascale Lepoivre. Atualmente presente em mais de 28 países através de cerca de 200 pontos de venda, a empresa destaca-se pelo seu conceito de loja Casa Loewe, já implementado em Madrid, Tóquio, Londres e Singapura.