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Metaverso está prestes a se tornar o shopping do futuro 

01 fev 2022 • por Nina Kauffmann • 0 Comentários

Os confinamentos e fechamentos de lojas impostos pela pandemia incentivaram as marcas a fazer uma mudança digital de 180 graus para se adaptar aos novos comportamentos do consumidor. Mas potencializar a experiência de compra na loja online pode não ser o suficiente para seduzir os consumidores, que querem multiplicar suas experiências nas plataformas do metaverso.

Caso o metaverso ainda não lhe seja familiar, trata-se de um universo virtual fictício, ou seja, um mundo digital paralelo ao nosso. Uma noção incompreensível para alguns, mas muito real para as gerações mais jovens, acostumadas com jogos e redes sociais, que são espécies de metaversos, embora ainda longe do conceito recentemente evocado por Mark Zuckerberg, que, ao mudar o nome do Facebook para Meta, imagina um futuro onde o virtual e o real irão formar um mundo só.

Rumo ao boom das lojas virtuais
Enquanto aguarda a sua chegada, o público vai aos poucos abraçando esse novo mundo, principalmente através dos jogos, adotando novas práticas que parecem atraí-los. Por meio da pesquisa “The Metaverse Mindset”, a plataforma de compras virtuais Obsess entrevistou americanos de todas as gerações sobre essas experiências de compras virtuais no metaverso, mostrando entusiasmo por essas novas práticas. A pesquisa foi realizada com 1.001 consumidores norte-americanos entrevistados online pela Kantar de 22 a 29 de dezembro de 2021. Sete em cada dez consumidores que visitaram uma loja virtual fizeram uma compra online e um terço diz que já está interessado em comprar produtos reais ou virtuais nos ambientes metaversos criados pelas marcas. Um número que sobe para 40% para as gerações mais jovens, especificamente a Geração Z e os Millennials.

Os jogos, que atualmente representam 300 bilhões de dólares, mais do que as indústrias de música e cinema juntas, de acordo com a consultoria Accenture, estão atraindo um público crescente e ganhando unanimidade com a Geração Z desde o início da pandemia. O estudo também destaca que quase três quartos desta geração já compraram um item digital em um videogame e que 60% acreditam que as marcas devem vender seus produtos nesses universos paralelos. Entre eles, mais da metade quer uma experiência de compra onde todos possam comprar online em qualquer lugar, e 45% assinalam que os metaversos devem ser considerados shoppings digitais.

“Esses compradores cresceram com jogos online, e-sports e redes sociais, e muitos deles veem o metaverso emergente como um shopping moderno: um mundo virtual conectado onde podem fazer compras e socializar. Para as marcas, isso destaca a importância de criar hoje estratégias sólidas de comércio metaverso que ressoarão com os consumidores nos próximos anos”, diz Neha Singh, CEO da Obsess.


Conceito ou realidade?
Agora resta definir o que o metaverso realmente é. Em seu vídeo de apresentação do Meta, Mark Zuckerberg revelou sua própria versão desses novos mundos, nos quais nos imergiríamos através de headsets ou óculos de realidade virtual, navegando entre uma conferência, um show ou uma sessão de compras, usando nosso gêmeo digital. Mas as redes sociais também são consideradas pelos especialistas como experiências do metaverso, assim como os jogos. Então, qual é a opinião dos consumidores? Eles parecem estar confusos com o avalanche de definições e termos que continuam aparecendo com o surgimento desse conceito.

Segundo o estudo, 40% dos entrevistados, pertencentes a todas as gerações, consideram que o metaverso está apenas em uma fase conceitual, mas que poderá materializar-se sob a forma de plataformas tecnológicas online nas quais o público poderá deslocar-se através de um avatar. Uma minoria (27%) acredita que o metaverso se refere à tecnologia de propriedade da Meta, empresa controladora do Facebook.

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