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VERÃO DAS ESPADRILLES Por Xico Gonçalves

29 nov 2018 • por Nina Kauffmann • 0 Comentários

Figura carimbada nos looks do calor europeu, a espadrille é um item básico no estilo despojado-chic das francesas há muito tempo.
É uniforme no circuito Nice, Cannes e circula confortável nas ilhas gregas vestindo homens e mulheres.
O solado de corda é a assinatura desse calçado cheio de história, que se reinventa a cada ano e aparece como uma proposta forte para a temporada verão 2019.
A tendência pisa tão poderosa que até a maison Chanel lançou uma versão de espadrille, inspirada no clássico sapato bicolor da marca.
Espadrille ou alpargatas, seja qual for o nome usado, é sempre este sapato tradicional projetado com uma lona ou pano superior e solado de corda.
Se convencionou no Brasil chamar de alpargatas os de sola rasteira e espadrille os calçados com salto alto.
Muitos acreditam que a origem é francesa, devido ao nome como é conhecido: espadrilles.
No entanto, a ideia de trançar Espartos, uma planta que se assemelha a uma palha e que produz fios bem resistentes, surgiu na Espanha, país que ainda é o principal produtor.
A planta “espa-rtos” batizou as “espa-drilles”.
Foi um rei chamado Aragon, que usava espadrilles para isolar os pés do frio, do calor e da umidade, que também considerou o calçado ideal para o uso dos militares.
Os soldados de Aragão e Catalunha usaram espadrilles ao vencer batalhas e aos poucos este calçado vitorioso começou a vestir também os camposes e pescadores na Espanha.
Este calçado era originalmente fabricado pelo alpargateiro, o sapateiro medieval especializado em fazer sapatos espadrille na região dos Pirenéus do norte da Espanha.
O termo alpargatas se originou do nome destes profissionais.
O alpargateiro trança a sola para criar o sapato e na sequência, uma costureira concluí o trabalho de pespontos na parte superior, feito de linho e tecido.
O resultado é um calçado leve e flexível – perfeito para o clima quente e estilo de vida ativo e que faz sucesso em todos verões.
As espadrilles já se tornaram uma tendência da moda, em vez de um item puramente funcional.
Até famosos como Pablo Picasso adotaram o espadrille, disseminando o uso deste calçado em todo mundo.
Durante a década de 1940, as musas do cinema popularizaram o estilo.
Grace Kelly, Lauren Bacall e Rita Hayworth entre outras divas, se renderam ao charme despojado das espadrilles, causando um “frisson”, como se dizia na época.
A tendência de espadrille continuou nos anos 1950 e 60, mas depois de um tempo, o modelo antigo ficou um pouco cansado.
Reconhecendo a oportunidade de reinventar o clássico sapato de verão, Yves Saint Laurent decidiu criar uma nova versão.
Ele se reuniu com o tradicional fabricante espanhol Castañer em uma feira em Paris no final dos anos 1960 e encomendou uma espadrille com um detalhe inovador: o salto, deixando a modelagem bem feminina.
Então em 1970, a espadrille anabela cruzou a passarela da grife francesa Yves Saint Laurent em passos firmes para o sucesso.
Foi o impulso que precisava para popularizar o estilo entre as descoladas da época
Depois desse sucesso todo e com a benção de Saint Laurent, as divinas espadrilles se consagram como clássicos do armário feminino.
A espadrille moderna lacra geral com o salto revestido com materiais ainda rústicos, como ráfia, palha, juta e cordas trançadas, lembrando as matérias primas originais.
Algumas trazem tiras enroladas na perna, mas esse modelo de sandália não favorece canelas grossas.
E dependendo do comprimento da saia, vestido ou calça pode encurtar o corpo, principalmente nas pequenas de altura.
Estes calçados só não combinam com roupas formais e dias de inverno e o uso deixa qualquer look informal.
Por isto, com eles vista roupas descontraídas ou peças no look náutico.
Ideal também com jeans e para os looks “All White”.


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