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Thierry Mugler será homenageado com exposição em setembro no Musée des Arts Decoratifs do Louvre

28 jul 2021 • por Nina Kauffmann • 0 Comentários

O Musée des Arts Décoratifs (MAD) do Louvre vai apresentar uma grande retrospectiva da carreira e criatividade de Thierry Mugler, que será inaugurada em setembro em Paris.

Look parte da retrospectiva do MAD – Foto: Cortesia do Musée des Arts Decoratifs


Intitulada Thierry Mugler: Couturissime, a exposição foi concebida para prestar homenagem a um artista multidisciplinar único, cujas ideias influenciaram a moda, a fotografia, a cultura da música em vídeo, a perfumaria e os direitos dos gays
 
Concebida como uma retrospectiva diferente, a Thierry Mugler: Couturissime irá também destacar as colaborações históricas entre Thierry Mugler e o seu alter ego criativo Manfred. Manfred Thierry Mugler – nascido no ano de 1946, em Estrasburgo (França) – é o homem por trás da inconfundível marca Thierry Mugler desde 1973, designer que agitou a indústria da moda com a sua criatividade e diferença.

Com inauguração prevista para 30 de setembro de 2021, podendo ser vista até 24 de abril de 2022, a exposição foi iniciada, produzida e divulgada pelo Musée des Beaux-Arts de Montréal (MBAM) em 2019, na província de Quebec (Canadá). 

Look efeito “pneu” da coleção de alta-costura ‘Les Insectes’, em colaboração com Abel Villarreal – Foto: Patrice Stable


A exposição Thierry Mugler: Couturissimeserá montada no interior das recentemente renovadas Christine e Stephen A. Schwarzman Fashion Galleries do MAD. 
 
Desde a década de 1970 até 2002, quando Mugler se reformou como designer ativo de passerelles, o criador francês estabeleceu-se como um dos mais ousados e inovadores costureiros do seu tempo, criando um visual dramático com ombros de poder que definiu a silhueta dos anos 80 do século 20.
 
Foi um dos primeiros designers europeus a apreciar o poder e o alcance da cultura MTV. E a sua colaboração com George Michael no vídeo Too Funky de 1992 – que apresenta apenas roupas Mugler – marcaum momento determinante no estabelecimento da alta-costura como um fenômeno global e não apenas um culto ao vestuário manual, muito especializado, e reservado a alguns milhares de mulheres bilionárias. Enquanto que o leotard de robô metálico colado ao corpo, com espelhos retrovisores, que idealizou para a modelo e atriz sueca Emma Sjoberg, continua a ser uma imagem icônica da moda. A inclusão pioneira de modelos transgêneros nos seus lendários desfiles dos anos 90 em Paris também desempenhou um papel não negligenciável na crescente aceitação da diversidade sexual e identidade não binária.
 
A exposição – que será distribuída por dois andares – marcará ainda o regresso de Mugler a Paris, onde a sua fama começou há quase cinco décadas. 

Desde silhuetas de prêt-à-porter à alta-costura e trajes de palco, fotografias e arquivos inéditos datados de 1973 a 2014, a Thierry Mugler: Couturissime mostrará o universo deste criador e as suas múltiplas colaborações nos campos do entretenimento, música e cinema, uma vez que deu muitas contribuições como bailarino, designer de interiores, entusiasta da arquitetura, fotógrafo e diretor de arte, revelando ser uma verdadeira alma independente.
 
Com curadoria de Thierry-Maxime Loriot, e cenografia coletiva em colaboração com o MBAM, a mostra incluirá performances digitais de profissionais do entretenimento e do audiovisual. 
 
Uma sala será dedicada à fotografia, desde que Mugler, em 1976, se tornou um dos primeiros designers a começar a fotografar as suas próprias campanhas. Fotografando as suas Glamazons altas, glamorosas e autoconfiantes, como a atriz americana Jerry Hall ou a modelo somali-americana Iman, em locais excêntricos como a Groenlândia; o grupo de sete arranha-céus em Moscovo, ao estilo estalinista, denominado Sete Irmãs; o Deserto do Saara, e o telhado do Ópera de Paris. 
 

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