A indústria do luxo vai sentir as consequências da crise do coronavírus COVID-19 nos próximos dois anos ou mais, disse na quinta-feira (18) o diretor financeiro da Chanel, Philippe Blondiaux, que alertou que receita e lucro da marca francesa serão severamente afetados em 2020.
Até o momento, a Chanel não deu detalhes sobre a queda nas vendas deste ano, mas segundo entrevista de seu diretor financeiro, Philippe Blondiaux, à Reuters, os próximos 12 a 18 meses serão particularmente difíceis. De acordo com Blondiaus, mesmo uma forte recuperação nos países onde as lojas do grupo reabriram não pode compensar a falta de viagens internacionais.

A Chanel, que é conhecida pelos seus terninhos de tweed, bolsas acolchoadas e pelo perfume n.º 5, é uma das maiores marcas de luxo do mundo, ao lado da Louis Vuitton da LVMH.
“Prevemos que o ambiente externo continuará a ter um impacto negativo no setor do luxo durante pelo menos os próximos 18 a 24 meses”, afirmou o executivo em entrevista por telefone, após o grupo ter reportado um crescimento de 13% nas vendas comparáveis em 2019.