Símbolo do mau-gosto até pouco tempo, as bolsinhas de cintura pochete voltaram em versões coloridas, metalizadas, estampadas e matérias primas de luxo.
A pochete, batizada modernamente de “belt bag” ou “fanny pack”, apareceu nas cinturas em coleções de várias grifes.
Foi mega famosa nos anos 1980/90 e repentinamente passou a ser símbolo do brega.
Que a moda é cíclica todo mundo sabe.
É só reparar na quantidade de vezes que os estilistas recorrem a sucessos do passado para criar suas coleções atuais.
Muitas peças consideradas cafonas foram ressuscitadas pelas marcas mais influentes e ganharam sobrevida graças a esse ciclo da moda.
Agora é a vez da pochete.
A pochete existe há mais de 500 anos
Não há como negar a praticidade deste acessório, que apesar de um pequeno acessório, guarda uma longa história.
No século XII os “modernos” já vestiam pochetes.
Bolsas retangulares eram presas aos cintos e usadas por homens e mulheres.
Um trecho da descrição do cronista florentino Giovanni Villani (1280-1348) prova a existência da peça.
“Nesses tempos as gentes começaram a mudar de hábitos e roupas desmesuradamente. (…) começaram a usar roupas apertadas à moda catalã, colares e bolsinhas na cintura, e na cabeça, a vestir chapéus sobre o capuz. (…)”
Nesta época a pochete, ainda chamada de pockets, se tornou um acessório de moda e começou a ser mais elaborada e enfeitada.
No século XIII a peça ganhou um up grade e foi rebatizada de chatelâines (nome francês, alias, pochete, que vem de pochette, também é francês).
A nova versão tinha correntes de prata e era usada para carregar objetos práticos e de valor, já com status e valor fashion.
Mania de você
Na década de 1980 e 1990 a pochete viralizou.
Em muitas cores e materiais, todo mundo usava, até se transformar em acessório brega.
Diferente de uma roupa que apenas sai de moda e vai para o fundo do armário, a pochete foi banida com estardalhaço.
Depois de muitas décadas de bulling, as coleções atuais e ruas descoladas trouxeram o acessório à cena.
Esse acessório sempre traz um diferencial a mais para o visual, pois foge do senso comum e exige atitude para usar.
Acessório it
A pochete é solução ideal para mulher “on the go”, que tem uma agenda busy e não tem tempo a perder e nem quer ter preocupações do tipo: onde eu deixei minha bolsa?
A peça foi ressuscitada com a onda esportiva que tomou o mundo fashion na temporada de verão 2014, quando a passarela de alta-costura da Chanel foi invadida por pochetes e outros itens inspirados no sportswear.
Foi proposta também do estilista Alexander Wang que juntou o utilitarismo presente na sua coleção à praticidade de se carregar tudo em uma bolsa acoplada à cintura.
Desde então, o acessório apareceu em marcas influentes como a Gucci e Dior, confirmando a tendência.
A badalada etiqueta americana Supreme criou pochetes desejo para a Louis Vuitton e para a marca própria.
Adote já
· Use enviesada no corpo com a bolsa na frente ou nas costas.
· O acessório é super útil para deixar as mãos e braços livres, além de forçar a carregar estritamente o necessário para sair.
· Quem ainda não está convencida, escolha um modelo pequeno e em cor neutra, como preta ou marrom.
· Qualquer bolsa pode virar pochete, é só ser pequena e estruturada
· Invista em modelos clean, não tão volumosos ou com materiais esportivos.
· Combina com jeans, shorts e até vestidos
Uma bolsa pequena também pode virar pochete
Se você não pretende investir em uma pochete, porque não comprar uma bolsa que também pode virar pochete?
Essa é, com certeza, a melhor solução para quem está em dúvida em aderir essa tendência.
Talvez você até tenha uma bolsa em casa que pode transformar em pochete.
Qualquer bolsa pequena e que tenha como ser amarrada na cintura pode se transformar em pochete.