Atualmente as lojas e sites de moda praia são recheados dos mais diversos modelos de biquíni, em diferentes tamanhos, cortes e cores. Porém a peça, amada por tantas mulheres, nem sempre contou com tamanha variedade.
O biquíni foi criado há 75 anos, pelo estilista francês Louis Réard. A ideia surgiu após o profissional reparar que muitas pessoas dobravam a bainha da vestimenta de banho, a fim de bronzear uma área maior do corpo.
O primeiro registro de uma mulher vestindo um biquíni foi quando a dançarina Micheline Bernardini, na segunda metade da década de 1940, utilizou um modelo longo – com top que cobria a barriga e calcinha de cintura alta, que mais se assemelhava a um short.
Apesar da grande cobertura, a peça foi considerada ousada e vulgar por muitos anos, por isso, várias mulheres ainda optavam por maiôs e trajes completos para frequentar praias e clubes. Com o tempo, a roupa começou a ser vista em filmes e ser inserida no dia a dia.
Primeiros biquínis
Somente na década de 1950 que o biquíni começou a entrar no gosto popular, principalmente quando a atriz francesa Brigitte Bardot apareceu com o item no filme “E Deus Criou a Mulher”, em 1956, e adotou a peça também em sua vida pessoal.
Ao passo que muitas lojas europeias e americanas já apostavam na venda de biquínis, o estilo demorou mais alguns anos para aparecer com força no Brasil. Uma das primeiras vezes que a peça foi vista em solos nacionais foi em 1948, quando a modelo alemã Miriam Etz usou o item durante uma viagem ao Rio de Janeiro.
Porém, isso não foi suficiente para quebrar preconceitos da população. Não à toa, em 1971, a atriz brasileira Leila Diniz causou grande polêmica por usar a peça, deixando sua barriga de grávida à mostra, comprovando que a exposição do corpo feminino ainda era tabu, mesmo anos após a chegada do biquíni no país.
Apesar da resistência de alguns grupos mais conservadores, a praticidade do biquíni ganhou, aos poucos, espaço nas lojas e nos armários de várias mulheres. Ao fim da década de 1970, as brasileiras já aderiam, com mais facilidade, a modelos no corte tanga – que, apesar de ainda oferecem maior cobertura, mostravam mais pele do que hot pants com tops cropped.
Nos anos seguintes, seriados americanos, como Baywatch, popularizaram o corte asa delta, que se tornou uma verdadeira febre nos anos 1980. Para além de biquínis e maiôs, bodies fitness foram produzidos com a calcinha cavada, ideais para dar uma impressão de silhueta mais alongada.
O estilo permaneceu em alta até meados de 1990, quando outros cortes – que também visavam maior exposição da pele e bronzeado uniforme do corpo – continuaram a conquistar mais adeptas. Nessa época, alças finas e retas marcaram presença nos biquínis, que permitiam que o busto e as costas pegassem sol por toda sua extensão.
Modelos de biquínis atuais
Um dos maiores clássicos quando se fala em moda praia atualmente é o biquíni cortininha. O estilo é ajustável, permitindo que a mulher amarre a peça como quiser, além de optar por cobrir mais ou menos a região dos seios.
Nos últimos anos, o cortininha se atualizou, aderindo a novas amarrações – que passam pela barriga e pela cintura. Dessa forma, o modelo, usado por tanto tempo, é constantemente atualizado pelas mulheres, trazendo novos ares à mesma peça.
Além disso, o receio de mostrar a pele na praia ou piscina parece ficar cada vez mais restrito ao passado. Hoje em dia não é difícil ver muitas pessoas adotando cortes mais ousados, como o próprio fio dental, que é um dos modelos preferidos da cantora Anitta.
Por outro lado, estilos vintages como hot pants e a própria asa delta ganham espaço, retornando às lojas com modelagens atualizadas. Portanto, é possível optar por peças menores ou ainda com bastante cobertura, de acordo com o gosto pessoal, sem abandonar o conforto e o estilo.