Parcerias com artistas plásticos não são novidade para a Gucci de Alessandro Michele – um dos exemplos mais recentes, é com o espanhol Ignasi Monreal –, mas, desta vez, a grife ultrapassa a colaboração estética e mergulha em questões filosóficas da arte. Em especial, até que ponto uma obra é original. No dia 10.10, a marca inaugura a exposição The Artist is Present no Museu Yuz, em Xangai, na China, com curadoria e concepção de Maurizio Cattelan.
Se o título parece familiar, não é uma coincidência: a exposição homônima de Marina Abramovic no MoMA, em NY, é o objeto usado por Cattelan para materializar suas provocações ao se “apropriar” do que já havia sido apropriado, exemplificando o ciclo autofágico da arte.
Mesmo antes da estreia, artwalls espalhados pelo mundo (Milão, Nova York, Londres e Hong Kong fazem parte da lista) provocam o público ao trazer reproduções dos pôsteres da exibição original que, inevitavelmente, causam estranhamento.
A exposição reunirá o trabalho de mais de 30 artistas para questionar, enfim, três pilares da arte na era moderna: originalidade, intenção e expressão. Com isso, a Gucci estimula a reflexão sobre o momento em que uma obra deixa de ser mera cópia para se transformar em algo novo.
Xangai também receberá o seu próprio artwall para divulgar a mostra que será divulgado nas próximas semanas. The Artist is Present será exibida de 11 de outubro a 16 de dezembro de 2018.