Após um ano de avanço da vacina mas ainda instável para a realização deeventos, o maior complexo de arte da América Latina recebe, em dezembro, várias orquestras em seus salas de concerto comemorando a retomada da cena cultural na cidade do Rio de Janeiro
Confira abaixo a listagem das apresentações com destaque para a primeira apresentação da OSESP (Orquestra Sinfônica de São Paulo)após cinco anos de ausência e da volta da OSB ( Orquestra Sinfonia Brasileira) aos palcos cariocas
Orquestra Rio Sinfônica toca Tchaikovsky, dia 4 de dezembro, às 19 horas na Grande Sala
Com regência de Mário Barcelos e Nilvaldo Tavares como solista (piano), jovem orquestra retorna ao palco de sua aclamada estreia em fevereiro de 2020.
Atuante desde fevereiro de 2020, a Orquestra Rio Sinfônica fez sua estreia na Cidade das Artes (Barra da Tijuca), onde bateu recorde de público na Grande Sala. Quase dois anos depois, mesmo realizando apresentações durante a pandemia, os músicos retornarão ao mesmo palco, dia 4 de dezembro, às 19h, desta vez dedicando o programa com obras de Tchaikovsky. Com a regência de Mário Barcelos e o pianista Nivaldo Tavares como solista, ambos os idealizadores da jovem orquestra, serão apresentados clássicos conhecidos do grande público, como “A Polonaise da Ópera Evgeny Onegin”, “Concerto para piano n. 1” e “Sinfonia n. 5”.
Os idealizadores Nivaldo Tavares e Mário Barcelos fundaram a Orquestra Rio Sinfônica imbuídos do desejo de mudar a forma como a música clássica é apresentada, quebrando o conceito de “música da elite” e levando-a a todos os setores da sociedade através de ingressos populares e concertos gratuitos, facilitando seu acesso e minimizando as barreiras socioeconômicas que impedem há décadas a inclusão deste público ainda não familiarizado com as salas de concertos.
A orquestra inova, tanto no formato das apresentações, como no que se refere ao “dresscode” que, em muitos casos, afasta o público. Seguindo a tendência mundial, a ORS inaugurou recentemente seu canal no YouTube, bem como nas redes sociais. A proposta dos concertos é trazer de volta as grandes obras do repertório clássico, aquelas já conhecidas através de meios de comunicação mais abrangentes como cinema e televisão, reestabelecendo a conexão já existente do público em geral.
A Orquestra Rio Sinfônica traz em seu nome a tradição das grandes capitais mundiais como Nova York, Berlim, Paris, Lisboa e tantas outras que têm o nome de suas cidades batizando orquestras internacionalmente aclamadas. Nesse sentido, a cidade do Rio de Janeiro passa a ter mais uma representação cultural de grande porte, fortalecendo a importância da cidade também no contexto da cultura da música clássica internacional
Programa:
– A Polonaise da Ópera Evgeny Onegin
– Concerto para piano n. 1
– Sinfonia n. 5
*Todas obras de Tchaikovsky
04/12 (Sábado, 19h)
Local: Grande Sala
Ingressos: R$ 70,00 (inteira) / R$ 35,00 (meia-entrada)
Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro, dia 5 de dezembro, às 18 horas na Grande Sala
“Um Concerto de Natal para alimentar o corpo e a alma dos cariocas”, assim o maestro Rafael Barros Castro, da Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro, define o Concerto de Natal Solidário. O evento, que já está na programação de dezembro da Cidade das Artes, nasceu do interesse do maestro em unir música e iniciativas de ação social. Duas fontes poderosas de transformação, capazes de mudar a realidade de quem quer que seja.
A parte solidária do concerto é o foco central que mobilizou toda a OSRJ, e que culmina com a arrecadação de alimentos não perecíveis para as famílias em vulnerabilidade social.
A Orquestra sobe ao palco no dia 05 de dezembro, a partir das 18h, no Espaço Grande Sala, da Cidade das Arte, que fica na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O concerto tem direção artística e regência do maestro Rafael Barros Castro e terá participação especial da cantora norte-americana Alma Thomas, vencedora do The Four Brasil 2020 e semifinalista do The Voice Brasil2012.
Programa
Na programação, clássicos do repertório orquestral, como a Sinfonia dos Brinquedos (autor desconhecido), Valsa das Flores (Tchaikovsky), Suíte Carmen (G.Bizet), A Christmas Festival (Leroy Anderson), Dança Húngara N° 05 (J.Brahms). Além dos inesquecíveis temas natalinos, claro! Entre eles White Christmas (I. Berlin), Jingle Bell’s Rock (B.Carleton & B. Ross), Noite Feliz (F. Gruber) e Happy Xmas (J. Lennon).
05/12 (Domingo, 18h)
Local: Grande Sala
Ingressos: INTEIRA (R$ 10,00) E MEIA (R$ 5,00) COM DOAÇÃO DE ALIMENTOS
OSESP | Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, dia 12 de dezembro, às 17 horas na Grande Sala
Sob regência de seu Diretor Musical, Thierry Fischer, a Orquestra faz apresentação única na Grande Sala da Cidade das Artes. No programa, obras de Rachmaninov, Piazzolla e estreia mundial de Paulo Costa Lima
Depois de um hiato de mais de cinco anos, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp volta a se apresentar no Rio de Janeiro no dia 12 de dezembro, às 17h, desta vez na Grande Sala do complexo cultural Cidade das Artes, localizado na Barra da Tijuca. Os ingressos para este concerto terão valor único de R$ 70,00 ( meia a 35 reais).
Sob a batuta de seu Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer, a Osesp apresenta na Cidade Maravilhosa as nostálgicas Danças Sinfônicas, do russo Sergei Rachmaninov, escritas já no fim de sua vida, quando morava nos Estados Unidos; o emocionante Milongón Festivo, de Astor Piazzolla – compositor argentino cujo centenário é celebrado em 2021 e que ao longo do ano foi homenageado pela Osesp em diversas ocasiões –; e a abertura inédita Ojí – Chegança e Ímpeto, uma encomenda da Orquestra ao compositor baiano Paulo Costa Lima que ganha sua estreia mundial no programa da semana. Ojíé inspirada na cena da tempestade da Sinfonia Pastoral de Beethoven.
Depois de percorrer oito cidades no interior paulista, esta será a primeira apresentação da Osesp fora do Estado de São Paulo desde que a pandemia começou, em março de 2020. “Fazer música para o público carioca é sempre uma alegria. E voltar ao Rio de Janeiro após tantos anos, especialmente, depois de uma pandemia em que foi preciso nos recolhermos, tornará este momento ainda mais especial e celebratório”, afirma Marcelo Lopes, Diretor Executivo da Fundação Osesp. O concerto marca também o encerramento das atividades da Orquestra em 2021. Para 2022, mais turnês estão previstas, inclusive duas apresentações no lendário palco do Carnegie Hall, em Nova York.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Criada em 1954, é uma das mais importantes orquestras da América Latina. Desde 2020, tem o suíço Thierry Fischer como seu Diretor Musical e Regente Titular, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, pela norte-americana Marin Alsop, que agora é Regente de Honra. Em 2016, a Osesp esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira.
Thierry Fischer
Diretor Musical e Regente Titular da Osesp, Thierry Fischer é também Diretor Musical da Orquestra Sinfônica de Utah e Regente Convidado Honorário da Filarmônica de Nagoya. Iniciou sua carreira como Primeira Flauta da Filarmônica de Hamburgo e da Ópera de Zurique. Sua carreira como regente começou após os 30 anos, quando substituiu um colega doente e na sequência regeu alguns poucos concertos com a Orquestra de Câmara da Europa, onde era Primeira Flauta sob regência de Claudio Abbado. Já comandou orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos camerísticos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble Intercontemporain.
PROGRAMA
THIERRY FISCHER REGENTE
Paulo Costa LIMA | Ojí – Chegança e Ímpeto [Encomenda Osesp | Estreia Mundial]
Sergei RACHMANINOV | Danças Sinfônicas, Op. 45
Astor PIAZZOLLA | Milongón Festivo
12/12 (Domingo, 17h)
Local: Grande Sala
Ingressos: INTEIRA (R$ 70,00) E MEIA (R$ 35,00)
Camerata Jovem do Rio de Janeiro, dia 16 de dezembro, às 20 horas no Teatro de Câmara
A Camerata Jovem do Rio de Janeiro é constituída por 17 jovens músicos cariocas, com idades entre 18 e 24 anos, todos oriundos do projeto Ação Social pela Música e moradores de diferentes comunidades do estado do Rio de Janeiro. Formada há apenas 4 anos, a Camerata já se apresentou em espaços consagrados da música clássica, no Brasil, como a Sala Cecilia Meireles, Cidade das Artes, Theatro Municipal, Rock in Rio, centros culturais, e ao lado de grandes músicos como o pianista chinês Lang Lang e o violonista brasileiro Yamandú Costa. Os jovens músicos participaram também, com grande sucesso, do Festival Internacional de Música de Londrina e do Festival Internacional de Música de João Pessoa.
Em 2017, eles fizeram sua primeira turnê para a Europa, realizando apresentações na Alemanha e Holanda, em espaços renomados da música clássica internacional, como o Concertgebouw em Amsterdã. Em 2018, a Camerata Jovem foi novamente convidada para realizar concertos no exterior e desta vez na cidade de Nova Iorque, sendo o grande destaque a apresentação na sede da Organizações das Nações Unidas (ONU).
Em agosto de 2019, a Camerata Jovem embarcou para sua segunda turnê europeia, realizando apresentações para grandes públicos, em cidades alemãs e suíças. No Tonhalle de Zurique, os jovens músicos cariocas foram convidados para tocar na celebração do centenário da ONG Save the Children, evento este onde eles foram agraciados com o prêmio Swiss Charity Award. Depois, os jovens seguiram para Genebra, onde se apresentaram no Palácio das Nações, na sede europeia da ONU. Por fim, a Camerata ainda realizou outros concertos em Düsseldorf e na Embaixada do Brasil em Berlim.
Ainda em 2019 tocou Festival Rio Montreux novamente na companhia de Yamandu Costa e se apresentou no Palco Favela do Rock in Rio.
Em 2020 fez várias lives e com grande sucesso lançou a música We Are theChampions que foi muito elogiada pela Banca Queen
Programa
• Sonata para cordas ‘O Burrico de Pau’, I e IV movimento – Carlos Gomes
• Bachianas brasileira n°4, Prelúdio – Heitor VILLA-LOBOS
• Inverno, 1° movimento – A. Vivaldi
• Valsa da Serenata Para Cordas – Tchaikovsky
• Fuga y Misterio – Astor Piazzolla
• No Reino da Pedra Verde – Clóvis Pereira
• Carinhoso – Pixinguinha
• Samba do Avião – Antonio Carlos Jobim
• Águas de Março – Antonio Carlos Jobim
• Maria Maria – Milton Nascimento
• Valsa da Opereta ‘A Viúva Alegre’ – Franz Lehár
• A Christmas Festival – Leroy Anderson
(**A Christmas Festival composto pelas músicas:
Joy To The World,
God Rest Ye Merry Gentlemen,
Good King Wenceslas,
Hark! The Herald Angels Sing,
The First Noel,
Silent Night,
Jingle Bells,
O Come, All Ye Faithful.)
16/12 (Quinta, 20h)
Local: Teatro de Câmara
Ingressos: INTEIRA (R$ 10,00) E MEIA (R$ 5,00) COM DOAÇÃO DE ALIMENTOS
OSB- Orquestra Sinfônica Brasileira, dias 18 e 19 de dezembro, na Grande Sala ( às 20 h dia 18/12 e às 18h dia 19/12)
Orquestra Sinfônica Brasileira encerra Temporada 2021 com Concertos de Natal
Com repertório que remetem às celebrações natalinas, a Orquestra Sinfônica Brasileira se despede de 2021, dias 18 e 19 de dezembro, na Cidade das Artes. Sob a regência do maestro convidado Roberto Tibiriçá, o grupo interpretará obras de Rossini, Strauss e Strauss II, Offenbach e Tchaikovsky, além de uma seleção de músicas de Natal.
Programa:
ROSSINI – Abertura “La Gazza Ladra”
J. STRAUSS II – Tritsch-Tratsch Polka
J. STRAUSS – Danúbio Azul
OFFENBACH – Barcarola
TCHAIKOVSKY – Suíte 1 “Quebra Nozes”I. Ouverture miniatureII. 2. Danses caractéristiques: Marche | Danse de lá Fée– Draghi | Danserusse | Danse Árabe | Danse Chinoise | Danse des MirlitonsIII. Valse des fleurs
TIBIRIÇÁ – Seleção de Natal
A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:
Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é considerada um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 80 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia. Em abril de 2021, a Orquestra Sinfônica Brasileira foi registrada como patrimônio cultural imaterial da cidade do Rio de Janeiro.
Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.
Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor e a NTS – Nova Transportadora do Sudeste, como patrocinadora master e a Brookfieldcomo patrocinadora, além de um conjunto de copatrocinadores e apoiadores culturais e institucionais.