Quem conhece os versos de “Aquarela”, de Toquinho e Vinícius de Moraes, “Numa folha qualquer/ Eu desenho um sol amarelo/ E com cinco ou seis retas/ É fácil fazer um castelo…”definem literalmente a paixão de desenhar e colorir do artista plástico, Léo Moreira, de 24 anos, nascido numa cidade de Santa Catarina, com um nome bem peculiar, Maravilha. Ele diz se lembrar exatamente quando ganhou seu primeiro livro de desenho, lápis de cor e começou a colorir. ” As cores me deixaram maravilhado, e ali descobri um novo mundo, um mundo de prazer”. Hoje, vivendo um momento de plena maturidade, mostra através de seus quadros, azulejos e painéis, que lápis de cor não é apenas um brinquedo de criança.
No próximo dia 21 de outubro, o artista Leo Moreira estará realizando sua primeira exposição intitulada de “Interseções do Existir”, na Caza Artha, da Gávea. Segundo Leo, tudo começou durante a pandemia, quando ele encontrou na arte uma forma de equilíbrio e de reencontro com sua alma.
Cursando História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no Parque Laje, Leo inspirou-se na escolha das figuras geométricas e movimentos circulares dos seus quadros, no pensamento da teoria de Platão sobre o cosmos, que considerava que os círculos e as esferas eram manifestações do universo, interferido por falhas, assim como a mente humana.
“A série de desenhos que compõem esta exposição, traduz o olhar platônico sob a forma da arte. Cada obra expressa encontros, mesclas, rasgos e acontecimentos que nos atravessam. Cada trabalho é a expressão de nossa população interna e tudo que vive dentro de nós. Somos formas diversas que compõem nossas singularidades. Partes calmas, intensas e vibrantes: somos várias estações. Aqui tem Marias, Antônios, Flávios, Flávias, Teresas, Leos, que atravessam uns aos outros formando o universo cósmico do existir.”, afirma Leo.
Com dois ateliês na Zona Sul do Rio, ele participou durante o tempo de isolamento de quatro bazares beneficentes promovidos pela campanha Olhar Quem Tem Fome (@olharquemtemfome), onde todas as suas obras sempre foram muito disputadas, sendo que uma delas foi adquirida para o acervo de Bebel Klabin.
Uma das suas musas inspiradoras é a arquiteta e artista plástica, Patrícia Secco que será a curadora da exposição, diz que as pinturas do jovem artista traduzem a arte naïf. “Suas obras remetem aos grandes mestres da pintura, com linhas geométricas entrelaçadas em cores como se fosse Mondrian. Seus movimentos circulares me evocam os de Matisse e suas formas quase cubistas como Van Gogh”, afirma ela.
Conheça a Caza Artha
Polo de arte e moda na Gávea
A CazaArtha é um encontro de artes, moda, música e bem-estar: uma curadoria de movimentos; uma caixa de experiências.
Com programação constante e fluida, é um espaço de conexões com uma agenda de exposições de arte e pequenos eventos.
Sua idealizadora, Ádila Suarez, fez da Caza Artha um lugar para conhecer novos artistas e revisitar designers e marcas consagradas.
“A Caza Artha foi criada para ser uma caixa de experimentos mesmo, gostamos de chamar de curadoria de movimentos porque essa é a ideia: sempre ter novidades. Novos artistas expondo, eventos de bem-estar, palestras de arte e história, marcas autorais de moda, esse mix faz o calendário da Caza e traz sempre algo diferente quando se visita o nosso endereço na Rua dos Oitis.” diz a idealizadora do espaço Ádila Suarez
Vernissage Leo Moreira -Interseções Existenciais
Telas & Azulejos – Curadoria Patrícia Secco
A partir das 18h
Dia 21 de outubro
Casa Artha
Rua dos Oitis, 54 – Gávea
Funciona de segunda a sexta das 10h às 20h e aos sábados das 10h às 16h
Programação de eventos pode ser acompanhada pelo instagram: @cazaartha