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Sabrina, Kika e Zoe Sato são a capa da Revista Cidade Jardim

04 set 2020 • por Nina Kauffmann • 0 Comentários

Morando juntas para enfrentar a pandemia, Sabrina e Kika Sato levaram diversão e motivação, durante este período desafiador, para mais de 52 milhões de pessoas que as seguem nas redes sociais. Numa conversa sobre maternidade, renovação dos laços familiares e reinvenção, a dupla mostra na reportagem de capa da nova edição da revista CIDADE JARDIM por que forma um dos matriarcados mais amados do Brasil, ao lado da pequena Zoe. 

O ano de 2020 parecia promissor para a apresentadora da Record: além da estreia de novos programas, Sabrina estava de malas prontas para o Japão, onde atuaria como madrinha da equipe brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio, motivo de orgulho para essa sansei nascida em Penápolis, no interior de São Paulo. Quis um minúsculo vírus que o mundo virasse de cabeça para baixo, inclusive o dela. Pois Sabrina, fonte inesgotável de otimismo, arregaçou as mangas e se dedicou ao que sabe fazer de melhor: a alegria do seu público. Não apenas nos vídeos divertidíssimos que postou nas redes sociais como também à frente do Instituto Sabrina Sato, que arrecada recursos para projetos sociais. Foram caminhões de alimentos, álcool em gel e máscaras distribuídos entre as ONGs que apoia. 

Mãe e avó de três, a psicóloga e comerciante Kika Sato se reinventou como youtuber aos 67 anos e virou uma espécie de “mãezona” da quarenta, distribuindo receitas, ginástica e, principalmente, afeto para seu público. Os comentários dos 85 mil inscritos em seu canal do Youtube e dos quase 400 mil seguidores no Instagram mostram como muitas mulheres na maturidade encontraram em suas postagens uma inspiração para enfrentar os desafios do distanciamento. “Neste momento, está sendo uma bênção ter ao lado uma mulher superpositiva e esperançosa, alguém que olha para você e diz: ‘A vida vai melhorar, tudo vai dar certo no fim’. Porque minha mãe vê o lado positivo em tudo, e é disso que estamos precisando agora: esperança”, disse Sabrina na entrevista ao jornalista Bruno Astuto, diretor de redação da revista do SHOPPING CIDADE JARDIM, publicada pelas Edições Globo Condé Nast. 

A família tomou gosto pela convivência mais próxima. Dona Kika está procurando apartamento na região onde a filha mora. “E a Leda (Nagle, jornalista), mãe do Duda (Nagle, marido de Sabrina), mora também aqui pertinho. Acho que a gente acabou gostando dessa coisa grudada”, conta a apresentadora. 

A seguir, alguns destaques do bate-papo: 

DONA KIKA, SOBRE A REINVENÇÃO COMO YOUTUBER AOS 67 ANOS: 

“No ano passado, eu passei um pouco mal e fui parar no hospital. Ali eu decidi rever minha alimentação, fazer exercícios físicos, cuidar de mim. Não é fácil para a mulher encontrar um outro papel na vida. Esse processo começou há três anos, quando minha filha Karina foi dar uma palestra e me convidou para falar também. Ela percebeu que eu gostei de dividir minha experiência com o público, montou um blog, redes sociais, e acabou dando certo”. 

SABRINA, SOBRE A NOVA PROFISSÃO DA MÃE 

“Nessa quarentena, eu fui câmera, maquiadora, cabeleireira, diretora, editora de vídeo. Chegava um momento em que eu dizia: ‘Mãe, não dá mais. Estou cansada!’ Era o dia inteiro! Mas, olha, se tem uma mulher que fez publipost nessa quarentena foi Dona Kika (risos). Ela ganhou mais dinheiro do que eu. Era receita da Nestlé, propaganda da Seara, praticamente uma Ana Maria Braga japonesa!” 

SABRINA, SOBRE O PROGRAMA NA INTERNET QUE CRIOU PARA ENTREVISTAR CELEBRIDADES EM SEUS BANHEIROS. 

“A ideia de gravar entrevistas remotas nos banheiros das pessoas veio de um livro do Millôr Fernandes, que dizia que o banheiro é o lugar da casa onde qualquer um vai chorar, vai sofrer e até ter prazer. O banheiro, na pandemia, é a salvação. É onde eu consigo fugir da Zoe, do Duda e até da minha mãe”. 

DONA KIKA, SOBRE AS MUDANÇAS NAS RELAÇÕES FAMILIARES QUE VIERAM COM A PANDEMIA 

“Estava faltando o olho no olho. Com a pandemia, todas as famílias tiveram que reaprender a tolerância, a paciência e o cuidado. As que já estavam estruturadas ficaram mais sólidas. As que tinham problemas foram obrigadas a encará-los e enfrentá-los por força da convivência, criar horários, estabelecer limites para o home office, o estudo remoto. Todos tiveram que ceder”. 

SABRINA, SOBRE A MATERNIDADE 

“Tenho lido também muito sobre psicologia infantil. Algumas amigas me dizem para relaxar, para deixar fluir, mas eu tento me cercar do que eu posso aprender para dar o melhor para a minha filha. Porque eu sempre tive medo de ser mãe. 

Ser mãe antigamente era diferente de hoje. Agora, sua casa está aberta para o mundo por causa da internet, tem muita influência externa, muitos palpites que antes ficavam entre a família e os vizinhos”. 

“Eu fui dar uma entrevista e surgiu uma pergunta sobre sexo. Respondi que era lindo, maravilhoso, só que não estava fazendo (risos). Estava com peitinho de leite, amamentando, não tem como você pensar nisso. O cansaço físico, mental e emocional é gigantesco. Eu sinto hoje que, até ser mãe, eu era uma menina e, de repente, fui apresentada à minha versão mulher. Ali eu entendi a responsabilidade da vida, do senso de família, a ficha caiu”. 

CRÉDITOS DAS FOTOS: 
Foto: Bruna Castanheira | Revista Cidade Jardim 
Styling: Lucio Fonseca 
Beleza: Rodrigo Costa 

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