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Exibição do curta Incondicional-De Aymara Limma-Centro Cultural Gabriel Villela-Iate Clube

20 ago 2018 • por Nina Kauffmann • 0 Comentários

Após percorrer várias cidades do Brasil, a atriz Aymara Limma exibiu no Rio o curta ‘Incondicional’, reeditado e remixado em L. A, qu e trata de crianças alérgicas vítimas de produtos sem informação adequada nos rótulos e da responsabilidade das celebridades ao usar sua imagem em campanhas

Premiada no Cinema at the Edge Independent Film Festival em 2014, em Santa Monica, Califórnia (EUA), pela comédia romântica “Te Amo! Shabbat Shalom”, que venceu na categoria Melhor Curta-Metragem, a atriz e diretora Aymara Limma exibiu seu novo curta-metragem, “Incondicional”, neste sábado, dia 18 de agosto, no Centro Cultural Gabriel Villela, no Iate Clube do Rio. O filme, que já percorreu várias cidades do Brasil, como Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e São Paulo, estreou em julho de 2016 no Rio, e agora voltou à Cidade Maravilhosa após ser totalmente reeditado e remixado, em Los Angeles, pelo premiado diretor americano David Bartlett. Entre os convidados na sessão, Bob Falkenburg (filho de Silvia Bandeira), o poeta Mano Melo, o escritor Tom Farias, a cantora Bruna Barros, a apresentadora da Band Gardênia Cavalcanti, Ana Cláudia Vaz e Isabela Berardo Dubeux (do Hotel Othon).

Após a sessão foi realizado um debate com os especialistas: Dra. Ekaterini Goudouris, professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFRJ e presidente da regional RJ da ASBAI; Erika Campos Gomes, psicóloga, doutoranda e mestre em psicologia clínica pela PUC-SP com pesquisas direcionadas à alergia alimentar; Fernanda Mainier Hank, advogada e Procuradora do Estado do Rio de Janeiro, coordenadora do movimento Põe no Rótulo e mãe de uma menina ainda alérgica; e Aymara Limma, atriz e cineasta. O bate-papo tratou da alergia alimentar como patologia e da nova norma de alergênicos que entrou em vigor.

Nesta produção, Aymara, que assina a produção, o roteiro e a direção, aposta num drama que aborda sobre um problema mundial: a morte de crianças após o consumo de produtos sem a informação clara no rótulo sobre a presença de alergênicos. “Vivi em Los Angeles (EUA) muitos anos e via muitas mães reclamando e sofrendo, principalmente, no Halloween, quando é tradição as crianças pedirem balas. E muitos doces, às vezes, contêm ingredientes que podem matar uma criança alérgica. Quando vim ao Brasil lançar “Te amo! Shabbat Shalom’, no Rio, em 2015, li uma matéria sobre a morte de uma criança e ‘me bateu’ tão forte que resolvi pesquisar. E vi que o Brasil era um dos poucos (únicos) países que estavam atrasados com uma questão tão grave, mas, graças à luta de muitas mães, isso estava mudando. E descobri o movimento do Põe no Rótulo. Vitória para o Brasil! ”, comemora Aymara.

Em “Incondicional”, Aymara Limma interpreta Janaína, uma mãe desesperada que vai atrás de uma celebridade, a apresentadora Renata Luz (Fernanda Celleghin), quem ela acredita ser a responsável pela morte de seu filho alérgico, de 5 anos. “Foi difícil eu me preparar para esta personagem. Adoro desafios, mas quando comecei a pesquisar e a ver a dor das mães que sofreram com a perda, eu me vi tentando fugir dessa dor. Honestamente, eu amo assistir a bons filmes leves para me distrair no dia a dia. Mas amo fazer filmes que tenham ação social por trás, que possam transformar vidas. Por isso, eu resolvi ser atriz. Estou envolvida de corpo e alma nesse projeto. O filme é para mexer com a consciência, também, acredito. Mostra o lado da responsabilidade de celebridades que usam a imagem para vender produtos que, muitas vezes, nem sabem do que se tratam. Além de que alerta sobre a desinformação das pessoas sobre questões alérgicas. Esse filme pode ajudar a educar e a informar”, avalia.

O filme é uma obra de ficção, mas inspirado nessa questão grave que faz muitas vítimas. Tema atual, já que desde 3 de julho de 2016, no Brasil, os alimentos têm obrigatoriedade de sair da fábrica com lista de 17 ingredientes que causam alergia nos rótulos. A decisão de regulamentar a rotulagem de alergênicos partiu da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em junho de 2015, a fim de proteger a população que tem alergia alimentar, estimada entre 6% e 8% das crianças de 6 a 8 anos segundo a Anvisa.

Antes da sessão, um delicioso coffee break e sorteio de brindes com a Comendo Melhor e Saudável (sem leite, sem ovo e sem glúten) e Indoces Doceria Inclusiva (sem ovo e sem leite).
Fotos Vera Donato

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