Sob a nova gestão de Fabio Swarcwald, o MAM Rio abriu na tarde de sábado (15) a exposição “Poça/Possa”, de Ana Paula Oliveira, com curadoria de Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes.Pensada especialmente para ocupar o Salão Monumental do museu, com pé-direito de quase oito metros, a mostra apresenta trabalhos inéditos da mineira radicada em São Paulo, que pela primeira vez expõe no Rio.A individual exibe apenas duas obras: a escultura ‘Subserviência’, que parte de um desenho de observação em nanquim de uma das palmeiras imperiais do Jardim Botânico do Rio; e a instalação que dá nome à exposição. Poça/Possa é um jogo de relações a partir de matérias brutas, como dormentes de madeira, ferramentas industriais e duas toneladas de graxa. Explorando a logica da geometria, a intervenção propõe um equilíbrio instável e dialoga com a espacialidade do museu carioca.Apesar do trânsito caótico na cidade, por conta dos blocos de carnaval e do evento gospel que fechou o Aterro, muita gente prestigiou a abertura, que contou com bate-papo entre a artista e os curadores. Aspas da artista:“Meu trabalho discute, entre outros aspectos, a relação com o espaço. Pensar uma intervenção para um local onde a arquitetura é tão presente, como no MAM Rio, foi um desafio em dobro. Projetei a obra para ocupar o chão, o que é surpreendente quando se tem escala monumental. Quero questionar o que nos sustenta, no tempo e no espaço. A possibilidade de criar leveza ou densidade, de explorar o cheio e o vazio são disparadores não excludentes que sempre me provocaram”, afirma
Fotos Renato Wrobel